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SEI QUE SÃO ROSAS.
Ana Reis, 2015.

Ao olhar a bancada da pia fui surpreendida por duas rosas,
Naturalmente desabrochadas sem a força da artificialidade,
Daquelas que precisam ser compradas em floricultura. 
Eram dessas...rosas de jardim! Essas com pequenos espinhos e tom rosa claro. 
Lindas!!!

Invejei que não fossem para mim.
Mas agradeci a lembrança das rosas que cultivava com minha avó
e diariamente oferecíamos a Nossa Senhora, com a gratidão de mais um dia.

Logo ao lado, um espelho quebrado com pontas afiadas.
Fruto de descuido, ira, ou  talvez, de umas cervejas a mais.
Senti uma conexão. Um entendimento, não das polaridades que separam esse homem, mas da totalidade que envolve sua personalidade.

Sim! Há rosas em seu jardim!
Rosas que um dia plantou por seu perfume e beleza,
Rosas que não cultiva mais por seus espinhos.
Rosas que ainda estão lá. Bem no fundo do quintal
Rosas com beleza, perfume, espinhos, e especialmente,
Por sua autenticidade
Nada comercial.

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